quinta-feira, 19 de maio de 2011

A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson


Nascido na Alemanha Erikson tornou-se psicanalista após trabalhar com Anna Freud, não focou no id e nas motivações conscientes como os demais psicanalistas, mas nas crises do ego no problema da identidade. Freud valorizava a infância e Erikson reconhece o grande valor dessa etapa sem desvalorizar as demais como adolescência, idade adulta e velhice.
Em cada um dos oito estágios o ego passa por uma crise. O desfecho da crise pode ser positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo). De um desfecho positivo surge o ego mais forte e estável, enquanto que o desfecho negativo gera um ego fragilizado. Ocorre a reformulação e reestruturação da personalidade após a crise do ego.
Estágios Psicossocial de Erikson
Confiança x Desconfiança
Nela o bebê mantém seu primeiro contato social que, geralmente é a mãe. Para ele, a mãe é um ser supremo, mágico, aquele que fornece tudo que ele necessita para estar bem. Quando a mãe falta, o bebê experimenta o sentimentos de esperança. Ele começa a esperar que sua mãe volte e, quando isso ocorre com freqüência, há o desfecho positivo e a confiança é desenvolvida. Do contrário, se a mãe não retorna ou demora a fazê-lo, o bebê perde a esperança, e o desfecho negativo e o que se desenvolve é a desconfiança.
Autonomia x Vergonha e Dúvida
Com o controle de seus músculos a criança inicia a atividade exploratória do seu meio. Há coisas que a criança não deve fazer. Então os pais se utilizam de meios para ensinar a criança a respeitar certas regras sociais. Está crise culminará na estruturação da autonomia e pode ser comparada à fase anal freudiana.
O sentimento que se desenvolve nesta época é à vontade. À medida que suas capacidades físicas e intelectuais se desenvolvem ajudando-a na atividade exploratória, a criança tende a ter vontade de conhecer e explorar ainda mais. Porém, como também começa a assimilar as regras sociais, é necessário cuidado para que a vontade não seja substituída pelo controle. Os pais têm que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxiliá-los nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
Iniciativa x Culpa
Neste período é somada à confiança e à autonomia, adquiridas nas etapas anteriores, a iniciativa. Esta se manifesta quando a criança deseja alcançar uma meta e, planejando sua ação, utiliza-se de suas habilidades motoras e intelectuais para tal. É neste período que as crianças ampliam seus contatos, fazem mais amigos, aprendem a ler e escrever, fruto da energia proveniente da iniciativa.
Maestria x Inferioridade
Quando a criança se torna confiante, autônoma e desenvolve a iniciativa para objetos imediatos, passa à nova fase do desenvolvimento psicossocial, onde a criança aprende mais sobre as normas sociais e o que os adultos valorizam. Aqui, tarefas realizadas de maneira satisfatória remetem a idéia de perseverança, recompensa em longo prazo e competência no trabalho. O ego sensível, uma vez que se falhas ocorrerem ou se o grau de exigência for alto, ele volta a níveis anteriores de desenvolvimento, implantando o sentimento de inferioridade na criança.
Identidade do ego x Difusão do ego
A adolescência é o período no qual surge a confusão de identidade, e, somente quando forem respondidas, terá sido superada esta crise do ego. O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com que ele assuma posições variadas em intervalos de tempo muito curtos.
Intimidade x Isolamento
A identidade está estabilizada, com o ego fortalecido o indivíduo agora aprenderá a conviver com o outro ego, as uniões, casamentos, surgem nesta fase. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho dessa crise está sendo negativo.
Generatividade x Estagnação
Caracteriza-se pela necessidade que o indivíduo tem de gerar. Gerar qualquer coisa que faça sentir produtor e mantenedor de algo. Pode ser filhos, negócios, pesquisas, et. O sentimento oposto é o da estagnação.
Integridade x Desespero
A Teoria Erikisoniana define esta fase como a final do ciclo psicossocial. Desfecho positivo, o indivíduo procura estruturar seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida. Desfecho negativo, estagnar diante do terrível fim, quando as carícias desaparecem e a pessoa entra em desespero.

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