sexta-feira, 27 de maio de 2011

Teoria Triangular do Amor

Na última aula falamos sobre a teoria criada pelo psicólogo Robert Sternberg, conhecida por Teoria Triangular do Amor. Ele utiliza 7 itens para descrever sua teoria que serão apresentados a seguir.
Amizade: caracteriza as amizades verdadeiras e profundas, mas sem paixão intensa ou comprometimento a longo prazo.
Paixão: conhecido como “amor a primeira vista”. O grande problema é que sem os componentes de intimidade e de compromisso do amor, a paixão pode desaparecer de repente, tão rápido quando apareceu.
Amor Vazio: pode ser encontrado em casamentos arranjados, não há paixão, nem intimidade. Apenas compromisso.
Amor Romântico: nesse caso, os amantes estão ligados emocionalmente como na amizade, possuem intimidade, e fisicamente com paixão explosiva.
Amor Companheiro: um sentimento puro que existe em relações familiares, em amizades profundas ou nos relacionamentos longos.
Amor Instintivo: é o amor carnal. Existe um compromisso motivado pela paixão, mas sem intimidade.
Amor Verdadeiro: a base do relacionamento ideal, que muitas pessoas buscam, mas poucas são capazes de encontrar. Este amor tem que ser trabalhado, porque pode não durar para sempre.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Maturação

A maturação é um processo natural de cada um, mas acreditamos que esse processo é diferente de pessoa para pessoa, por vários fatores, o lugar onde mora, o modo que foi criado, o estilo de vida que acaba levando, porém existem coisas que a sociedade acaba impondo, como, idade para conduzir, votar, beber, ela acaba criando limites. Maturo é aquela pessoa, responsável, autônomo, independente. 
Pensamos que no decorrer da vida de uma pessoas pode existir momentos decisivos que acabam afetam essa maturação, às vezes benéfico, fazendo o com que o indivíduo tenha que amadurecer mais cedo, ou maléfica, algo que tenha sofrido na infância, por exemplo.
Pensando nisso encontramos uma entrevista exibida no site g1.com.br/globonews sobre o massacre em uma escola municipal de Rio de Janeiro ocorrido no dia 07 de abril de 2011, que chocou o país com a violência, onde 12 alunos entre 12 e 14 anos foram assassinadas a tiros, o autor do crime Wellington Menezes de Oliveira, 23 anos, suicidou-se após o massacre. Na reportagem dois psiquiatras tentam explicar o que passa na mente de um psicopata, que nesse caso pode ter sido alguns problemas sofridos na infância ou adolescência.

Desenvolvimento moral segundo Kohlberg

Tentando compreender o desenvolvimento moral, Kohlberg realizou uma série de pesquisas com crianças e jovens dos Estados Unidos da América, México, China (Taiwan), Turquia e da Malásia (Atayal). A partir da análise das respostas e dos raciocínios apresentados pelos sujeitos, Kohlberg definiu estágios de desenvolvimento moral
Níveis e estádios de desenvolvimento moral segundo Kohlberg
Nível I – Pré-convencional
O valor moral localiza-se nos acontecimentos externos, “quase” físicos, em atos mais ou em necessidades “quase” físicas, mais do que em pessoas ou padrões.
Estádio 1 – orientação para a obediência e castigo. Deferência egocêntrica, sem questionamento, para o poder ou prestígio superior ou tendência para evitar aborrecimentos.
Estádio 2 – A ação correta é a que satisfaz instrumentalmente às próprias necessidades e, eventualmente, às de outros. Consciência do relativismo do valor relativo das necessidades e perspectivas de cada um. Igualitarismo ingênuo e orientação para troca e reciprocidade.
Nível II – Convencional
O valor moral localiza-se no desempenho correto de papéis, na manutenção da ordem convencional e em atender às expectativas dos outros.
Estádio 3 – orientação do bom menino e boa menina. Orientação para obtenção de aprovação e para agradar aos outros. Conformidade com imagens estereotipadas ou papéis naturais e julgamento em função de intenções.
Estádio 4 – orientação de manutenção da autoridade e ordem social. Orientação para cumprir o dever e demonstrar respeito para com a autoridade e para a manutenção da ordem social como um fim em si mesmo. Consideração pelas expectativas merecidas dos outros.
Nível III – Pós-convencional, autônomo ou nível de princípios
O valor moral localiza-se na conformidade para consigo mesmo, com padrões, diretos e deveres que são ou podem ser compartilhados.
Estádio 5 – orientação contratual legalista. Reconhecimento de um elemento ou ponto de partida arbitrária nas regras, no interesse do acordo, o dever é definido em termos de contrato ou de evitar, de forma geral, a violação dos direitos dos outros e da vontade e bem-estar da maioria.
Estádio 6 – orientação da consciência ou princípios. Orientação não apenas para regras sociais realmente prescritas, mas para princípios de escolha que envolve apelo à universalidade lógica e consistência. Orientação para consciência, como agente dirigente, e segundo respeito e confiança mútua.

A teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson


Nascido na Alemanha Erikson tornou-se psicanalista após trabalhar com Anna Freud, não focou no id e nas motivações conscientes como os demais psicanalistas, mas nas crises do ego no problema da identidade. Freud valorizava a infância e Erikson reconhece o grande valor dessa etapa sem desvalorizar as demais como adolescência, idade adulta e velhice.
Em cada um dos oito estágios o ego passa por uma crise. O desfecho da crise pode ser positivo (ritualização) ou negativo (ritualismo). De um desfecho positivo surge o ego mais forte e estável, enquanto que o desfecho negativo gera um ego fragilizado. Ocorre a reformulação e reestruturação da personalidade após a crise do ego.
Estágios Psicossocial de Erikson
Confiança x Desconfiança
Nela o bebê mantém seu primeiro contato social que, geralmente é a mãe. Para ele, a mãe é um ser supremo, mágico, aquele que fornece tudo que ele necessita para estar bem. Quando a mãe falta, o bebê experimenta o sentimentos de esperança. Ele começa a esperar que sua mãe volte e, quando isso ocorre com freqüência, há o desfecho positivo e a confiança é desenvolvida. Do contrário, se a mãe não retorna ou demora a fazê-lo, o bebê perde a esperança, e o desfecho negativo e o que se desenvolve é a desconfiança.
Autonomia x Vergonha e Dúvida
Com o controle de seus músculos a criança inicia a atividade exploratória do seu meio. Há coisas que a criança não deve fazer. Então os pais se utilizam de meios para ensinar a criança a respeitar certas regras sociais. Está crise culminará na estruturação da autonomia e pode ser comparada à fase anal freudiana.
O sentimento que se desenvolve nesta época é à vontade. À medida que suas capacidades físicas e intelectuais se desenvolvem ajudando-a na atividade exploratória, a criança tende a ter vontade de conhecer e explorar ainda mais. Porém, como também começa a assimilar as regras sociais, é necessário cuidado para que a vontade não seja substituída pelo controle. Os pais têm que dar à criança a sensação de autonomia e, ao mesmo tempo, estar sempre por perto, prontos a auxiliá-los nos momentos em que a tarefa estiver além de suas capacidades.
Iniciativa x Culpa
Neste período é somada à confiança e à autonomia, adquiridas nas etapas anteriores, a iniciativa. Esta se manifesta quando a criança deseja alcançar uma meta e, planejando sua ação, utiliza-se de suas habilidades motoras e intelectuais para tal. É neste período que as crianças ampliam seus contatos, fazem mais amigos, aprendem a ler e escrever, fruto da energia proveniente da iniciativa.
Maestria x Inferioridade
Quando a criança se torna confiante, autônoma e desenvolve a iniciativa para objetos imediatos, passa à nova fase do desenvolvimento psicossocial, onde a criança aprende mais sobre as normas sociais e o que os adultos valorizam. Aqui, tarefas realizadas de maneira satisfatória remetem a idéia de perseverança, recompensa em longo prazo e competência no trabalho. O ego sensível, uma vez que se falhas ocorrerem ou se o grau de exigência for alto, ele volta a níveis anteriores de desenvolvimento, implantando o sentimento de inferioridade na criança.
Identidade do ego x Difusão do ego
A adolescência é o período no qual surge a confusão de identidade, e, somente quando forem respondidas, terá sido superada esta crise do ego. O adolescente se influencia facilmente pelas opiniões alheias, isso faz com que ele assuma posições variadas em intervalos de tempo muito curtos.
Intimidade x Isolamento
A identidade está estabilizada, com o ego fortalecido o indivíduo agora aprenderá a conviver com o outro ego, as uniões, casamentos, surgem nesta fase. O isolamento pode ocorrer por períodos curtos ou longos. No caso de um período curto, não podemos considerar negativo, já que o ego precisa desses momentos para evoluir. Mas quando o isolamento é longo e duradouro o desfecho dessa crise está sendo negativo.
Generatividade x Estagnação
Caracteriza-se pela necessidade que o indivíduo tem de gerar. Gerar qualquer coisa que faça sentir produtor e mantenedor de algo. Pode ser filhos, negócios, pesquisas, et. O sentimento oposto é o da estagnação.
Integridade x Desespero
A Teoria Erikisoniana define esta fase como a final do ciclo psicossocial. Desfecho positivo, o indivíduo procura estruturar seu tempo e se utilizar das experiências vividas em prol de viver bem seus últimos anos de vida. Desfecho negativo, estagnar diante do terrível fim, quando as carícias desaparecem e a pessoa entra em desespero.

Psicossexualidade

As descobertas de Freud sobre a sexualidade infantil provocaram grande espanto na sexualidade conservadora do final do século XIX, visto que até esta época a criança era vista como um símbolo de pureza, um ser assexuado.
Ao longo dos tempos, a sociedade vem, pouco a pouco, familiarizando-se e compreendendo as diferentes formas de expressão da sexualidade infantil. Sexualidade esta que evolui segundo Freud, de acordo com etapas de desenvolvimento que ele denominou de fase oral, anal, fálica, latência e genital.
Embora as características de cada uma destas fases estejam amplamente difundidas nos meios de comunicação, de tal forma que os possam reconhecer as manifestações desta sexualidade em seus filhos, persistente ainda muito equívocas na forma como eles lidam com esta questão.
Etapas do desenvolvimento psicossexual segundo Freud
FASE ORAL – de 0 a 1 ano aproximadamente
A região do corpo que proporciona maior prazer à criança é a boca. É pela boca que a criança entra em contato com o mundo, é por esta razão que a criança pequena tende a levar tudo o que pega à boca. O principal objeto de desejo nesta fase é o seio da mãe, que além de alimentar proporciona satisfação ao bebê.
FASE ANAL – de 2 a 4 anos aproximadamente
Neste período a criança passa a adquirir o controle dos esfíncteres a zona de maior satisfação é a região do ânus.
FASE FÁLICA – de 4 a 6 anos aproximadamente
Nesta etapa do desenvolvimento a atenção da criança volta-se para a região genital. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos quanto as meninas possuem um pênis, por exemplo. Ao serem defrontadas com as diferenças anatômicas entre os sexos, as crianças criam as chamadas “teorias sexuais infantis”, imaginando que as meninas não têm pênis porque este órgão lhe foi arrancado.
Neste período surge também o complexo de Édipo, no qual o menino passa a apresentar uma atração pela mãe e a se rivalizar com o pai, e a menina ocorre o inverso.
FASE DE LATÊNCIA – de 6 a 11 anos aproximadamente
Neste período tem por característica principal um deslocamento da libido da sexualidade para atividades socialmente aceitas, ou seja, a criança passa a gostar de sua energia em atividades escolares.
FASE GENITAL – a partir de 11 anos
Neste período, tem início com a adolescência, há uma retomada dos impulsos sexuais, o adolescente passa a buscar em pessoas fora de seu grupo familiar um objeto de amor.
A adolescência é um período de mudanças no qual o jovem tem que elaborar a perda identidade infantil e dos pais da infância para que pouco a pouco possa assumir uma identidade adulta.

Watson e o Behaviorismo


Watson é o pai da psicologia científica. Watson não nega a existência da consciência, nem mesmo a possibilidade de o indivíduo se auto-observar. Defende, contudo, que a análise dos estudos de espírito, bem como a procura das suas causas, só pode interessar ao sujeito no âmbito da sua vida pessoal.
Watson acha que se pode estudar diretamente o comportamento observável, isto é, a resposta de um indivíduo a um dado estímulo do ambiente.
O psicólogo tenta decompor o seu objetivo – o comportamento – nos seus elementos e explicá-los de forma objetiva. Deve recorrer ao método experimental.
Esta concepção de psicologia designa-se por behaviorismo, comportamentalismo, condutismo ou teoria do comportamento.
Noção de Comportamento
Para Watson, a psicologia deveria estudar o comportamento do ser humano desde o nascimento até que morre.
O estudante do comportamento consiste em estabelecer as relações entre os estímulos (conjunto de excitações que agem sobre o organismo, podendo ser qualquer elemento do meio externo – raios luminosos, ondas sonoras – ou modificações internas do organismo – movimentos dos músculos, secreções das glândulas) e as respostas (explicitas – diretamente observáveis; implícitas – não diretamente observáveis).
O comportamento é determinado por um conjunto complexo de estímulos que se designa por situações. Para o comportamentalismo, a resposta é tudo que o animal ou ser humano faz.
O comportamento, isto é, o conjunto de respostas objetivamente observáveis, é determinado por um conjunto complexo de estímulos (situações) provenientes do meio físico ou social em que o organismo se insere.
Watson não nega que entre o estímulo e a resposta se passe algo no interior do sujeito. Considerava, contudo, que tal não é objetivo da psicologia.
Embora não negue a existência de fatores hereditários – para ele, irrelevantes na formação da personalidade do indivíduo.
Para Watson o meio é o fator determinante na personalidade e atitudes, isto é, condiciona o indivíduo. Segundo os behavioristas, o comportamento do ser humano e o seu desenvolvimento dependem totalmente do meio em que o sujeito se encontra inserido. O sujeito tem papel passivo no processo de conhecimentos e desenvolvimento.

Köhler e o Gestaltismo

O gestaltismo ou psicologia da forma, nasce por oposição à psicologia do séc. XIX e critica Wundt.
Kölher defende que a psicologia deveria decompor os processos conscientes nos seus elementos constituintes e enunciar as leis que regem as suas combinações e relações. Os elementos mais simples seriam as sensações que, associadas, somadas constituíram a percepção.
Os gestaltistas partem das estruturas, das formas: nós percepcionamos configurações, isto é, conjuntos organizados em totalidade. A teoria da forma considera a percepção como um todo. Primeiro percepcionam o total depois analisam os elementos ou dos pormenores.
O todo não é a soma das partes – na realidade estas organizam-se segundo determinadas leis. Os elementos constitutivos de uma figura são agrupados espontaneamente. Esta organização é, segundo o gestaltismo, essencialmente inatos.
A organização das nossas percepções será estudada pelos gestaltistas que enunciam um conjunto de leis.
Lei da proximidades: temos tendência a agrupar aqueles que se encontram mais próximos.
Lei da semelhança: temos tendências a agrupar por semelhanças.
Lei da contiguidade: perante algo inacabado, temos tendência a acabar.
Os gestaltistas criticam Watson porque este diz que todo depende do meio e Köhles acha que as idéias são inatas. Segundo esta concepção, o sujeito é resultado das potencialidades transmitidas por hereditariedade. Existiriam estruturas inatas no sujeito que organizariam a experiência do meio ambiente. O meio desempenha um papel pouco relevante no seu desenvolvimento. Os gestaltistas defendem que o sujeito organiza a experiência do meio a partir das estruturas inatas.